Brasil

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Entenda a PEC 37


A PEC 37 sugere incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. O item adicional traria a seguinte redação: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente".



A justificativa apresentada pelo autor da PEC, deputado Lourival Mendes (PT do B - MA), ressalta que não há prejuízo para a investigação criminal em comissões parlamentares de inquérito (CPIs), o que é garantido por um outro dispositivo presente na Carta Magna. Porém, ele evoca um livro do desembargador Alberto José Tavares da Silva, para quem "a investigação de crimes não está incluída no círculo das competências legais do Ministério Público", levando diversos processos a serem questionados nos tribunais superiores.

Reação

Diante da tramitação da PEC 37 na Câmara dos Deputados, diversas organizações lançaram a campanha "Brasil contra a impunidade", acusando a proposta de beneficiar criminosos. Utilizando dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o grupo alega que apenas 11% das ocorrências sobre crimes comuns são convertidos em investigações policiais e, no caso dos homicídios, somente 8% são apurados.Ao mesmo tempo, apontam que graças ao trabalho do Ministério Público Federal foram propostas 15 mil ações penais entre 2010 e 2013. Se tais casos fossem repassadas à Polícia Federal, os crimes poderiam não ser julgados. Eles acabariam prescritos caso as investigações não se concluíssem a tempo.Participam da campanha a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM).

Aperfeiçoamento

No final do mês passado, o relator da PEC 37, deputado Fabio Trad (PMDB/MS), ressaltou que um grupo de trabalho havia sido formado para aperfeiçoar a proposta. Os integrantes concordavam que o MP deveria ter a prerrogativa de investigar casos específicos e que faltaria definir e regulamentar de que forma seria essa atuação.No entanto, integrantes do Ministério Público Federal (MPF) rejeitaram nesta segunda (17) a proposta alternativa apresentada. Segundo o presidente da ANPR, Alexandre Camanho, mesmo com a flexibilização, "qualquer das duas redações da PEC 37 tornariam a investigação por parte do MP inexequível".O grupo de trabalho se comprometeu a entregar um relatório final nesta quarta (19) ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. A apreciação da PEC 37 pelo plenário da casa está prevista para o dia 26 de junho. Segundo Henrique Alves a votação acontecerá “de forma irreversível” na data marcada.  
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8 MOMENTOS DOS PROTESTOS EM SÃO PAULO QUE VOCÊ NÃO VERÁ NA TV

Essa matéria é designada à mostrar tudo que a mídia omite na TV sobre as manifestações que estão ocorrendo em São Paulo e em outros Estados.

01. A matéria do jornalista Elio Gaspari  que afirma que a Polícia começou o confronto armado.

02. Uma segunda opinião para acreditar, a jornalista da Band que confirma que a polícia começou a violência.

03. Quando os policias começaram a atirar na imprensa, mesmo ela se identificando:

04. O policial que foi filmado quebrando O P-R-Ó-P-R-I-O vidro da viatura.

05. Bombas de gás lacrimogéneo vencidas há 3 ANOS, que como o próprio fabricante diz: OFERECEM PERIGO SE FORA DA VALIDADE.

06. Quando a Tropa de Choque jogou bombas e atirou em manifestantes na calçada por gritarem “SEM VIOLÊNCIA”.

7. Esse perigoso manifestante que tem uma ameaçadora flor. Vai que é uma flor bomba né minha gente?

8. E esse tapa de luva em todo mundo que reclama que tá fazendo barulho na hora da novela.

Vai um "sprayzin" ai?

 

Resposta ao Ronaldo "Fenomeno"

http://www.youtube.com/watch?v=uuUCxiC5SE8

Está tudo tão estranho, e não é à toa.

https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a

Um relato do quebra-cabeças que a socióloga, militante feminista, escritora, vez em quando jornalista Marília Moschkovich foi montando nos últimos dias. Aviso que o post é longo, mas vale cada palavra.

Leia, vale muita a pena.